OFICINAS E OUTRAS ACÇÕES
Mundolariante
Leitura Furiosa, com o Centro Educativo de Santo António
Biblioteca do Museu Serralves, Maio 2012
Sem Título, ainda
Leitura Furiosa, com a Qualificar para Incluir
Museu Serralves, Maio 2011
Manifesto Neutritivo
Leitura Furiosa, com a Comunidade Terapêutica de Ponte da Pedra
Amiens, Lisboa, Kinshasa, Porto, Museu Serralves, Maio 2010
Poesia com Papel
Oficina com Gémeo Luís no Dia Mundial da Poesia
Fábrica das Artes, Centro Cultural de Belém, Março 2010
Linhas e Entrelinhas
Workshop criativo de escrita e ilustração com docentes de línguas e artes visuais
Escola EB 2.3 de Rio Tinto, Novembro 2009
Letras à Solta, Palavras de Ida e Volta
Workshop de escrita criativa para público sénior
Instituto Cultural da Maia, Setembro 2009
Pontos de Encontro, Linhas de Viagem
Workshop de desenho para público sénior
Instituto Cultural da Maia, Setembro 2009
Brincar, Familiar e outros verbos
Hora do Conto na Biblioteca Municipal de Vila Nova de Cerveira, Julho 2009
Integrado no programa da Feira do Livro
"M" de Mêda
Oficina de ilustração com alunos de 3º ciclo na Biblioteca Municipal da Mêda, Maio 2009
Encontro com alunos e professores do 1º ciclo
Encontros no âmbito da rubrica O Sabor das Palavras
Na Escola Básica 1º ciclo Araújo e na Escola EB1 do Monte da Mina
Junta de Freguesia de Leça do Balio, Maio 2009
Trapalhadas Fantásticas, oficina de leitura
No Jardim de Infância Barcelos-1, Barcelos, Maio 2009
Encontro com alunos, encarregados de educação e professores
Na rubrica Escola de Pais, Escola Secundária João Gonçalves Zarco, Matosinhos, Maio 2009
Encontro com público infantil e juvenil
Biblioteca Municipal de Sesimbra, Abril 2009
Encontro com público infantil e juvenil
Biblioteca Municipal de Arouca, Abril 2009
A Voz dos Livros
Oficina de escrita e ilustração para público infantil e juvenil
Biblioteca Municipal de Famalicão, Abril 2009
Faire des livres comme ceux qui les lisent
Comunicação, Semaine de la littérature pour la jeunesse Couleurs d’ailleurs, livres d’ici qui parlent d’ailleurs, livres d’ailleurs lus ici
Rendez-vous avec des professionnels du livre jeunesse d’Auvergne, Tant qu’il y aura des livres, Clermont-Ferrand, Abril 2009 (em representação das Edições Eterogémeas)
Por.vocação
Em torno do álbum para a infância nas Eterogémeas
no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros, ciclo de actividades da Cátedra Sá de Miranda,
Universidade Blaise Pascal, Clermont II, Abril 2009
Rencontre- Lecture par Emílio Remelhe
Rêve et Quoi Que Qui (nouveau edition, Eterogémas)
avec Olivier Belhome, L´Atelier du Poisson Soluble, Biblioteca de Puy-en-Velay, Março 2009
Uma sopa familiar, uma família ensopada (em torno de Ssschlep e de O Quê Que Quem)
Oficina de leitura na Biblioteca Municipal de Valença, Março 2009
Leitura de Contos de Janela, contemplado com o Prémio Adolfo Simões Müller 2007
Sala Hans Christian Andersen, Biblioteca Municipal de Sintra, Março 2009
Entre o Modelo e o Novelo: a Escola como Palimpsesto
Comunicação no Ciclo Derivas de Fevereiro em torno do tema Escola: há Lugar para Novos Criadores?
Biblioteca Almeida Garrett, Porto, Fevereiro, 2009
Uma visita d´O Piano de Cauda e outros bichos
No Jardim de Infância Barcelos-1, Barcelos, Janeiro 2009
Memor´ando Memor´indo
Workshop de leitura, escrita e ilustração,
14º Encontros Luso-Galaico-Franceses de Literatura para a Infância, Biblioteca Almeida Garrett, Porto, Novembro 2008
Ler dá Saúde, leitura e nutricionismo
Centro de Saúde da Meda, 2008
A Verdadeira História do Senhor Adiposino nas disciplinas de Português e Educação Visual
Livro trabalhado no 6º e 9º ano, exposição e encontro com alunos e professores
Biblioteca Luísa Dacosta, Agrupamento Vertical Francisco Torrinha, Porto, 2008
A Economia do Estado de Espírito na Sobrevivência do Objecto - Livro
Comunicação nos Encontros Le Livre en Europe, A Economia do Livro, Orléans, França, 2008 (Edições Eterogémeas)
Re-ver Sonhar
Workshop Eugénio Roda + Gémeo Luís, Ciclo Olhar é Semear, Centro Oeiras a Ler, 2008
Em torno de O Piano de Cauda
Acções de formação (criatividade e planificação de actividades, para professores das AEC)
Meloteca, Barcelos, Amarante, Vila Nova de Gaia, 2008
Quebranozes quebravozes, um pedaço de Nós em forma de Voz
Comunicação no II Congresso de Psiquiatria e I Congresso de Literatura Infanto-Juvenil,
subordinados ao tema:Dos Contos de Fadas à representação do Real, Viana do Castelo, 2008
Vamos fazer um livro
Eugénio Roda (escrita), Cristina Valadas (ilustração) e Luís Mendonça (design)
Com alunos da Escola EB1 S. Miguel de Nevogilde, Porto, 2008
Uma manhã de Ssschlep
No Jardim de Infância Barcelos-1, Barcelos, 2008
Em torno de O Piano de Cauda no Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor
Câmara Municipal de Bragança em parceria com Conservatório de Música, Biblioteca Municipal,
Escolas Secundárias e Agrupamentos de Escolas de Bragança, 2008
Em torno dos livros, escrita e ilustração, encontro com alunos, pais e encarregados de educação
Biblioteca Luísa Dacosta, Agrupamento Vertical Francisco Torrinha, Porto, 2008
Ssschlep ao almoço
No Jardim de Infância Santa Eulália, Escola EB1 Alvelos, Barcelos, 2008
Dois dedos de conversa com... Emílio Remelhe
Biblioteca Camilo Castelo Branco, Vila Nova de Famalicão, 2008
Em torno de 2008 Voltas no Carrossel
Encontro com alunos do Ensino Secundário e do 3º ano da escola E.B.1 de Carquejido, S. João da Madeira
Centro de Arte de S. João da Madeira, 2008
O Ser que Acontece em Construção
participação no Projecto Escola Criativa, Centro Cultural de Cascais, 2008
7.7.7. Vozes da Ilustração
Workshop com Gémeo Luís no Seminário Traz Outras Vozes Também, Centro Oeiras a Ler, 2007
Ssschlep nas disciplinas de Português e Educação Visual
Livro trabalhado nas disciplinas de Português e Educação Visual, Biblioteca da Escola Rosa Ramalho, Barcelos, 2007
Ssschlep no Festival Escrita na Paisagem
Apresentação co-organizada com o Instituto de Estudos de Literatura Tradicional/Fundação para a Ciência e Tecnologia
Cozinha do Cardeal, Universidade de Évora, 2006
Escrever como Quem (se) Lê
Encontros Educação e Leitura, Câmara Municipal de Esposende, 2005
Em torno de O Quê Que Quem
Biblioteca Escolar da Escola Básica 2,3 de Azeitão, 2005
Leitura e contos para crianças adultos
Biblioteca Municipal do Porto, Feira do Livro do Porto, 2005
Emílio Remelhe & Companhia
Exposição de livros e ilustração, Câmara Municipal de Barcelos, 2005
Encontro com alunos do ensino secundário e da universidade sénior.
Em torno de O Quê Que Quem
Conversa com leitores na Livraria Mãos à Arte, Leça, 2005
Encontros Lusófonos de Literatura para a Infância
Biblioteca Municipal da Trofa, 2005
Trabalhos realizados pelos alunos em torno dos livros nos workshops, nas disciplinas de língua portuguesa e de artes visuais
(em preparação)
14os Encontros Luso- Galaico- Franceses do Livro Infantil e Juvenil na Biblioteca Almeida Garrett
Memor´ando Memor´indo
Oficina para adultos em torno da leitura, escrita e ilustração
Emílio Remelhe /Eugénio Roda
Memor´ando Memor´indo
No contexto temático desta edição dos Encontros, a memória, propusemos uma oficina activa em torno da metáfora das memórias de infância, no jogo perceptivo - cognitivo onde o Processo Mnésico e o Pensamento Criativo lançam os dados adquiridos pela linguagem. Aberta a participantes de diferentes áreas e com diferentes interesses, a oficina, com duração de duas horas, procurou ser um espaço de experimentação sem qualquer tipo de requisito (conhecimento específico ou experiência prévia, quer ao nível da ilustração, quer ao nível da escrita, quer ainda ao nível do domínio das línguas em questão). Para além de estimular e sensibilizar, pretendia-se fornecer ferramentas eventualmente úteis na prática de professores, educadores ou outros mediadores de leitura/escrita/ilustração. E, porque ninguém é adulto sem infância, tratava-se de alimentar um espaço lúdico e partilhado, capaz de rentabilizar a mais séria das coisas sérias: a brincadeira, o prazer da diversão, di-vertendo com palavras e imagens.
O carácter multilingue dos Encontros sugeria o uso dos três suportes idiomáticos, português, galego e francês. Para além do aspecto simbólico, este uso favorecia à partida o jogo linguístico e expressivo, reforçando-o simultaneamente enquanto meio e fim; nomeadamente ajudava a lembrar que ler e escrever são, na sua base, exercícios de tradução.
Para esta oficina, a escolha recaiu sobre o Jornal Público, La Voz de Galicia e Le Monde (edições do dia, para acentuar o efeito do (des)encontro entre um futuro mais ou menos presente e um passado mais ou menos longínquo).
Diz Louis Aubert que o papel do cérebro “é o de mascarar o conjunto das recordações”, referindo que “ele não deixa aparecer senão aquelas que são úteis ao meu presente” e rematando que “não é senão graças a um descanso psíquico – o sonho– que as recordações afluem em desordem à consciência”; assim sendo, conclui Aubert recorrendo a Bergson, “para evocar o passado sob a forma de imagem, é preciso dar apreço ao inútil, é preciso querer sonhar”.
Partindo dos materiais e conceitos propostos, tratou-se de desenvolver um jogo narrativo, entre o ruído das notícias do dia e a ressonância das memórias de infância (as de ontem, as de anteontem, as de há bocadinho); na apropriação e manipulação dos materiais impressos, fragmentando, sincopando, tomando a linguagem como meio e matéria de trabalho, de procura, de descoberta, de expressão e comunicação: folhear, observar, ler, parar, voltar, ver, recortar, rasgar, decompor, descontextualizar, rever, compor, colar… experimentar os limites e a falta deles, no ensaio de um processo (des)construtivo de memórias.
E muito havendo, como sempre, a tratar, deu-se por encerrada a sessão, prometendo os presentes voltar a encontrar-se um destes dias, caso não lhes falte memória e oportunidade.
Emílio Remelhe, Novembro, 2008
O filho subiu para o colo do pai que lia o jornal no sofá. "Estavas a ler?", perguntou, como se não soubesse. "Não, estou só a passar os olhos pelas notícias", respondeu o pai, explicando o que queria dizer com isso. "Acho que percebi", disse o filho, acrescentando "ah, então quando vemos televisão, os olhos estão parados e a televisão é que passa pelos nossos olhos... e pelos ouvidos". "É mais ou menos isso, mas o jornal também nos passa pelos ouvidos", disse o pai, "ora escuta" ... leu qualquer coisa e ficaram ambos a ler mais isto e mais aquilo. Ao passar uma das páginas, o dedo do filho disse "olha, um gato!". "Onde? Aquilo é uma árvore!", corrigiu o pai. "Mas os gatos sobem às árvores! e no meio das folhas... tu não vês o que lá está...!?". "É... é possível!", reconheceu o pai, "mas agora deixa-me dar aqui uma olhadela nas gordas". O pai quis acabar por ali mas perante a gargalhada baralhada do filho, explicou que "gordas são os títulos, as letras grandes". Então, a fúria infantil do filho retorquiu "pai, devias ler as magras como eu e as pequeninas como a mana!". O pai desfez-se a rir e refez-se a explicar. Afinal gostava muito deles e também gostava das palavras. Prometeu, até, mais para a noite, ler com eles o jornal "em pequenino", para que pudessem ler e ver, nas entrelinhas e nas “entremanchas”, gatos e outras coisas de infância, a brincar às escondidas. O filho pensou ter compreendido tudo muito bem e andou a matutar o dia inteiro. À noite disse à mãe "já sei porque é que as pessoas enrolam o jornal debaixo do braço: é para as palavras não caírem!". A mãe concordou e acrescentou que o pai era ainda mais cuidadoso, que dobrava o jornal em quatro, pois não queria perder uma letra que fosse.
Eugénio Roda, Memoscilária, 2008
CINCO [MIL] SENTIDOS
Reitoria da Universidade do Porto/Editora Civilização, Setembro.Outubro 2009
Através dos sentidos e da linguagem, damos sentido ao que vemos, pensamos, imaginamos. Damos nome às coisas, desenhamos as formas, representamos o mundo, descobrindo, afinal, o nosso próprio mundo.
De uma maneira ou de outra, todos nós escrevemos (um comentário, um lembrete, um relatório, uma história...) e todos nós desenhamos (o esquema de uma rua, uma figura no vidro embaciado, uma linha na areia, um rabisco ao telefone...). A linguagem, o desenho, dão-nos matéria sem fim para o jogo criativo, seja com fins utilitários, pedagógicos, lúdicos ou outros.
Numa prática acessível, lúdica e construtiva, vamos estimular e aplicar os sentidos, vamos activar meios de expressão verbal e visual: começando pelos pequenos equívocos com importância (o jeito, a inspiração e outros estigmas) e passando pelo uso de ferramentas acessíveis e aplicáveis no domínio do pensamento criativo, da escrita e do desenho. Cada uma das sessões centrar-se-á num dos sentidos, visão, olfacto, audição, paladar, tacto. Trata-se de uma oficina para quem escreve e nunca aprendeu a desenhar, para quem usa o desenho e não explora a escrita, para quem pratica ambos ou nenhum... para quem não resiste ao prazer da descoberta. Será um espaço de partilha, onde poderá experimentar e (re)descobrir(-se).
Jeito para desenhar? Jeito para escrever? Questões dispensáveis para quem vem cá deitar mãos à obra.
Chá para quebrar o gelo, bolachas salgadas e biscoitos doces para alimentar o desenho e a escrita,actividades agridoces.
Aliás, o Chá Gorreana oferece-nos a atenção para o que é essencial, torna-nos mais atentos, aguça a imaginação, melhora a rapidez de resposta e tudo isto sem ser demasiado estimulante [www.gorreana.com]
PALADAR
Dia Mundial da Música
A criatividade não tira do nada: tira de tudo!
Nesta primeira edição do workshop, pensei pôr na mesa um conjunto de aspectos heterogéneos, escolhidos de uma paleta enorme
de possibilidades. Assim, partimos, por vezes, de aspectos mais específicos, outras vezes alojámo-nos em questões mais abrangentes
ou até banais. Entre um esboço à vista e um esquema apontado, entre uma palavra saída do dicionário e uma frase tirada do bolso,
entre trocas, olhares, gestos... dialogámos através do óbvio, do estranho, do previsível, do imprevisto.
Terá sido tudo isto importante? Insignificante? Dispensável? Indispensável?
Talvez um pouco de tudo: sentimos sempre na pele a marca deste harmónio, deste “tudo-nada” que nos põe a mexer
e nos traz sensíveis ao útil e ao inútil. Pretendi, acima de tudo, que nos mantivéssemos disponíveis para fazer juz à grande disponibilidade com que a escrita e o desenho se nos oferecem.
O desenho e a escrita desenvolvem-se entre a dificuldade e a facilidade, entre o prazer e a dor, entre a frustração e o entusiasmo,
entre o importante e o irrelevante, entre o aproveitar e o deitar fora, entre a extensão da procura e a intensidade do encontro...
O entusiasmo de quem se juntou nestas sessões fixou-se numa erva aromática, entregue aos cuidados do alfobre da Reitoria.
Semear é significar: signi-ficaremos a partir de agora nos sentidos que construímos.
Foi muito fácil gostar de vos ter conhecido mas é sempre difícil gostar de despedidas.
ER.29.10.09
ao Renato agradeço a criação do blog 5milsentidos.blogspot.com transformando os sentidos em cinco milhões...
à Adozinda, Ana Maria, António, Francisca, Iolanda, Isabel, José, Luís, Luísa, Maria de Fátima, Rute, Sara, Telmo, Valter, agradeço a participação, transformando os sentidos em cinco mil milhões...